quarta-feira, 17 de agosto de 2011

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Documentário de TV japonesa busca macaco raro no Amazonas

Relatos de ribeirinhos do interior do Estado dão conta de uma espécie de primata de 1,65m e sem cauda, que pode ser o lendário macaco-de-loys.
[ i ] Equipe japonesa esteve no Amazonas para gravar um documentário sobre o lendário macaco-de-loys.
Manaus - O documentarista brasileiro Marcos Takemura, e  pesquisadores japoneses estudam a possibilidade de existir uma nova espécie de macaco ainda não catalogada na Amazônia. Eles estão preparando um documentário no Amazonas sobre o primata. O documentário será exibido no Japão pelo canal de televisão Fuji.
A equipe esteve em Manaus para dar início ao documentário sobre o macaco que pode ser o mesmo  visto pela primeira vez em 1917, e denominado macaco-de-loys. A iniciativa de pesquisar sobre o macaco surgiu em dezembro de 2010, quando ele e sua equipe receberam testemunhos de populares do norte do Amazonas.
"É preciso tomar cuidado com os exageros.  Geralmente ouvimos muitos relatos de pessoas do interior e analisamos pra ver se é possível" ressaltou Marcos Takemura, ao falar da importância de analisar todos os relatos com muito cuidado.
Segundo ele, os testemunhos indicam que o macaco-de-loys possui cerca de 1,65m de altura e não possui cauda,  o que o torna ainda mais parecido com o encontrado em 1917.  Até o momento, os pesquisadores não possuem uma localização geográfica exata do primata, mas  os últimos relatos de testemunhas indicam que ele está localizado ao norte do Amazonas.
A equipe que estuda o macaco para o documentário é composta de 15 pessoas, sendo a maioria da região amazônica. Cerca de 15 mateiros (homens que  conhecem a região e ajudam no deslocamento dos pesquisadores), 7 japoneses, 2 amazonenses pesquisadores e o documentarista.

Documentário
O documentário será exibido no programa de televisão 'Nakashira' e diferentemente dos outros documentários, poderá ter até uma hora de exibição (normalmente é destinado 30 min do programa para cada trabalho).
Quanto as dificuldades de se gravar um documentário no meio da floresta amazônica, Marcos relembrou alguns momentos difíceis das viagens. "As dificuldades foram várias, a 'japonesada'  não estava acostumada com os carapanãs e com os outros insetos. Era difícil usar os meios de transporte, tivemos até um naufrágio, porém, sem vítimas e perdas maiores" disse ele.
A acolhida do povo amazonense também foi algo marcante para a equipe. "Os próprios japoneses sentiram esse calor humano do povo do interior, que em Tokio já não se sente mais" destacou.
O documentarista retorna à São Paulo nesta terça-feira (23). Ele disse ter deixado todos os seus contatos com ribeirinhos e populares para receber informações sobre o macaco, e, se preciso, voltar a Manaus. Marcos Takemura vem a Manaus há mais de 18 anos e já produziu outros documentários na região.
A história do macaco-de-loys
O nome científico, não oficial, é Ameranthropoides loysi, porém é mais conhecido como o macaco-de-loys. Foi uma criatura semelhante a um macaco morta em 1917 na fronteira entre a Venezuela e a Colômbia pelo geologista suiço Francois de Loys.
Segundo diz a história, Loys conduzia uma expedição em busca de petróleo, quando seu grupo foi atacado por duas criaturas. Um das criaturas, a fêmea, foi morta e fotografada pelo suiço. Porém, as fotos só foram divulgadas em 1929.



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