Árvores mumificadas surpreendem cientistas
A descoberta espantou os cientistas, já que a maior parte das árvores mortas decai quando são comidas por minúsculos organismos, de acordo com Terje Thunm, biólogo da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia, em Trondheim, e diretor da pesquisa.
“Aqui, na costa oeste da Noruega, onde costuma chover muito e a umidade é constante, foi surpreendente encontrar madeira em tão boa condição”, disse Thun. Com pinheiros preservados de maneira tão única, ele acrescentou, “seria possível tocar a mesma árvore vista pelos ancestrais vikings“.
Árvores incomumente robustas
Thun suspeita que as árvores tenham mantido o frescor por dois motivos. Primeiro, muitas delas se mantiveram eretas ou caíram sobre rochas, evitando exposição ao solo úmido e assim à água e micróbios de solo que aceleram a decomposição.
Além disso, os pinheiros contêm muita resina, que os protege contra bactérias que se alimentam de madeira. Na morte, o pinheiro libera grande volume de resina, o que pode ter ajudado a desacelerar a decomposição. Ainda assim, manter a decomposição sob controle por séculos exibe uma robustez incomum, disse Thun, que descobriu as árvores “mumificadas” por acidente, quando estava pesquisando temperaturas do passado por meio de um estudo dos anéis de madeira das árvores.
Os vikings que viviam ao longo da costa na região que hoje abriga a cidade de Songdal, nos séculos 12 e 13, aparentemente tinham preferência por pinheiros robustos, de acordo com o estudo de Thun. O madeirame das igrejas de maneira medievais características construídas pelos vikings é feito de madeira cujas características são idênticas à das árvores na floresta que abriga as árvores mortas.
Os povos nórdicos provavelmente se deslocavam para as florestas mais distantes da costa a fim de caçar e cortar árvores para suas construções, ele acrescentou.
Fonte: Terra/National Geographic Tweet
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